quarta-feira, 23 de março de 2011

Poesia sobre a véspera e desculpas já pedidas

Tentei te escrever essa noite
(mais uma daquelas em que você não dorme em casa)
tentei colocar no papel algo mais leve
que o de costume.

Não consegui, sabemos.

Nessa noite, a parede surge de duas cores:
um tom claro de pesares e muito escuro de saudade
No lugar da carta,
os mais diversos sentimentos
misturando-se ao meu penar.

E me resta a cadeira,
a mesa posta,
o chá e o café.
A sobremesa.

Nessa noite, o telefone não toca.


NDS