NDS
terça-feira, 31 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
Plano
nas horas mais frias
eu me lembro que tenho pelo menos dois motivos
para me chatear com cada pessoa que conheço.
e me torno incrédula.
tudo é pouco e chato
me alimento do vazio itinerante
de um ar meio patético meio pesado
meio nada com nada
mas dá para encher o peito
e gritar na face artificialmente corada
daqueles que me cruzarem
que pouco me importa se eles vivem sorrindo
não sou um poço de risinhos estridentes
e sequer mostro meus dentes para essa gente.
de oneroso o que há de maior
é essa vida
ou o teatrinho montando no meio da avenida
de cambaleante há o amor
do escuro abafado que me tira a paz e o fôlego
de perpétuo e (i)lógico
esse calvário.
essa vida.
eu me lembro que tenho pelo menos dois motivos
para me chatear com cada pessoa que conheço.
e me torno incrédula.
tudo é pouco e chato
me alimento do vazio itinerante
de um ar meio patético meio pesado
meio nada com nada
mas dá para encher o peito
e gritar na face artificialmente corada
daqueles que me cruzarem
que pouco me importa se eles vivem sorrindo
não sou um poço de risinhos estridentes
e sequer mostro meus dentes para essa gente.
de oneroso o que há de maior
é essa vida
ou o teatrinho montando no meio da avenida
de cambaleante há o amor
do escuro abafado que me tira a paz e o fôlego
de perpétuo e (i)lógico
esse calvário.
essa vida.
NDS
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Août, je t'aime
-olha, eu só quero que você me segure antes de eu cair, tá bom? e se você achar que não vai me aguentar, então avisa, porque aí eu não fico esperando ninguém me segurar.
-por que você tá me dizendo essas coisas?
-porque eu sonhei que você me deixava cair.
-só assim? te deixava cair e puf?
-você disse que tinha medo de agosto.
-agosto? o mês de agosto? você tá louca?
-é, o mês. você disse que tinha uma energia ruim. e aí eu caía e você não estava lá pra me segurar.
-você tá ficando doida.
-você tá me deixando cair um pouquinho a cada dia.
-eu tô te segurando agora mesmo! olha, cruza os braços ao redor do meu pescoço. bem forte, isso. agora me prende com as pernas também. pronto, tá segura!
-mas assim sou eu me segurando em você e não você me segurando.
-é, é verdade... então me dá as mãos. agora estou te segurando bem forte.
-é.
-ainda tá com medo de cair?
-estou. é inevitável. você tem medo de agosto e eu tenho medo de cair.
-por que você tá me dizendo essas coisas?
-porque eu sonhei que você me deixava cair.
-só assim? te deixava cair e puf?
-você disse que tinha medo de agosto.
-agosto? o mês de agosto? você tá louca?
-é, o mês. você disse que tinha uma energia ruim. e aí eu caía e você não estava lá pra me segurar.
-você tá ficando doida.
-você tá me deixando cair um pouquinho a cada dia.
-eu tô te segurando agora mesmo! olha, cruza os braços ao redor do meu pescoço. bem forte, isso. agora me prende com as pernas também. pronto, tá segura!
-mas assim sou eu me segurando em você e não você me segurando.
-é, é verdade... então me dá as mãos. agora estou te segurando bem forte.
-é.
-ainda tá com medo de cair?
-estou. é inevitável. você tem medo de agosto e eu tenho medo de cair.
NDS
domingo, 1 de agosto de 2010
Garganta
de uma pessoa
não se salva nada além do sangue
sua memória é fria
tudo segue se esvaindo
como sempre
você come e passa
você mata e é isso
dois corpos unidos
dois copos e o meu
te acostuma o que é comum
não muda e...
e segue a pessoa
e a morte
mas eu salvo o sangue
porque me esquenta
e me banha carmim
não se salva nada além do sangue
sua memória é fria
tudo segue se esvaindo
como sempre
você come e passa
você mata e é isso
dois corpos unidos
dois copos e o meu
te acostuma o que é comum
não muda e...
e segue a pessoa
e a morte
mas eu salvo o sangue
porque me esquenta
e me banha carmim
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